Garagem do Bellote TV: Fusca (1962)
O Fusca é um dos carros mais carismáticos, mais queridos do mundo e ele fez parte da vida de milhões de pessoas. Fez sucesso no cinema (quem não se lembra do Herbie?) e também foi um carro de corridas, um carro de rally. Hoje nós vamos conhecer um exemplar muito especial com 52 anos de vida e muita vitalidade.
Impressões ao volante
Hoje estou falando de Fusca, uma das paixões mundiais. O Fusca tem uma história interessante, que começou na década de trinta, mas aqui no Brasil ele veio no começo da década de 50, e ele era montado pelo chamado TKD. Ele vinha (importado) e era montado aqui, então ele era na verdade um fusca alemão.
Em 1957 a Kombi foi nacionalizada e dois anos mais tarde o fusca também passou a ser feito no Brasil. Tem até aquela foto famosa do Pres. Juscelino Kubitschek num Fusca conversível, acenando com o presidente da Wolkswagen na época. Então ele começou a ser produzido efetivamente aqui em 59.
Dois anos mais tarde ele já evoluiu um pouco, e passou a contar com a primeira marcha sincronizada e também com o marcador de combustível. Antes disso o pessoal tinha que usar uma varetinha para medir o nível de combustível.
Um clássico Fusca de 1962 que nunca foi restaurado.
Falando especificamente desse fusca, ele é um “besouro” em 1962. Neste ano o modelo passou a ser líder de mercado no Brasil. Outra coisa interessante para falar sobre ele – eu acho Fusca legal, tem gente que não gosta, claro! – mas ele tem algumas características como as rodas de 15 polegadas, calçadas com pneus Firestone Campeão Supremo, um pneu o que era muito comum na época. Os DKV e (praticamente) todos os carros, usavam esses pneus na época. Ele tem essas setas de direção, que depois passaram a ser mais alaranjadas, e um outro detalhe também é esse escudo de São Bernardo do Campo
Já internamente é um modelo bastante simples. As origens do Fusca são simples, e em toda sua existência, ele teve o interior “espartano”, mas essa era a proposta, o “volkswagen”, o “carro do povo”. Ele mantém o estofamento original, e isso é o mais legal desse carro; o painel sem rádio, tem esse detalhe em baixo que chamavam de saco de bode (já dá pra saber porquê); e o volante de dois raios.
Falando em motorização, nós temos o propulsor com 1.200 centímetros cúbicos de cilindrada (1,2 litro) e 36 cavalos, um carburador de 6 volts na parte elétrica. O Fusca é curioso, eu fiz uma pesquisa para montar o roteiro e descobri que o Karmann Ghia nessa mesma época cobria de zero-a-cem em 30 segundos, então esse efetivamente não é o carro mais rápido que nós já andamos, mas certamente é um dos mais charmosos.
Com transmissão de quatro marchas, todas sincronizadas, é um carro gostoso de andar. E eu gosto de guiar Fusca pois ele nos remete às raízes automotivas também, de certo modo. Tem o ronco do boxer à ar, que é clássico. E uma vez de perguntas dos leitores em uma outra matéria: “Quem nunca tinha guiado um Fusca, ou aliás, quem nunca andou em um deles?” e hoje em dia, sem dúvida, muita gente não teve a oportunidade de andar num deles porque os Fuscas praticamente sumiram das ruas. De qualquer modo, o conselho que eu deixo é: se tiver oportunidade de andar num Fusca, aproveite que é uma experiência muito legal!
Vou me despedindo hoje de um modo diferente, ao volante, e a gente vê na próxima, a bordo de um Fusca, de um Porsche ou de uma Ferrari, ou de qualquer outro carro divertido.
É isso aí, tchau!
Texto original de Renato Bellote, transcrito livremente do vídeo.
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